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Ultima Atualização: 13-01-2011
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Supermercado

Se existe alguma coisa que me dá pavor é ir ao Supermercado. Pior: minha esposa também não gosta, mas ela detesta só de vê-lo de perto. E adivinhem: Para quem isso tudo sobra? Isso mesmo. Sobra para mim. Já disse para a minha mulher que eu sofro de claustrofobia*, mas de que adianta? Vai dizer isso pra minha mulher...! Enfim, vou contar de onde surgiu esse trauma.

Tudo começou numa péssima tarde no meu pequeno e desadorável apartamento da minha família. Meu pai já havia ido trabalhar e meus irmãos já estavam na escola. Eu, com apenas 4 anos, fiquei com a minha mãe em casa. Bem, fiquei por uma questão de segundos, porque foi só eu ter terminado de escovar os dentes e vestir-me que nós [minha mãe e eu] já saímos para a rua. O destino? A porcaria do supermercado. Estava cheio de gente, mas tinha tanta gente, que chegava a sair pelo ladrão. Resultado? Minha mãe estressada. E minha mãe tem boa memória: foi ela ver que o preço do chuchu aumentou 3 centavos e ela desabafou um "isto é um assalto". Confusão total. A senhoria ao lado entrou em pânico, tentando se lembrar do telefone da polícia.

Agora veio o pior: parecia que a senhoria era um mosquito transmitindo doença para todos, mas ao invés de doença, era pânico. Todo mundo já corria sem rumo, uma gritaiada só. Eu e minah mãe e todo mundo não tinham para onde sair, todo mundo se debatia, fugindo de um assalto que nem existia. A polícia chegou. Todo mundo se acalmara. Ninguém arriscou um passo. Um policial jovem, que julgava ser interino, estava tenso, com os olhos esbugalhados e fixos que faziam uma espécie de ronda, parecendo procurar o criminoso.

Estava tudo tão calmo que dava medo. Mas estava calmo demais para ser verdade, até que o velho na nossa frente soltou um baita de um espirrão. O jovem policial assustou-se, deu um tiro em falso. Só acertou um lustre do mercado, que partiu-se em pedaços. Pânico geral. Quando eu fui agarrar a mão da minha mãe, percebi que ela não estava mais lá. Desesperei-me. Estava só. Ou não? O policial interino agarrou-me pelo braço, mas eu me debati e me soltei. Não sei de que jeito consegui sair daquela multidão. Onde estava minha mãe? Para minha surpresa, ela estava na frente do supermercado, esperando-me.

E eis o causador de meu trauma: um simples chuchu. Hoje, não há uma oportunidade sequer que eu entre num mercado sem recordar-me do reboliço*.

*Claustrofobia: O medo de estar em um ambiente com muitas pessoas, dando a impressão de estar sendo sufocado.
*Reboliço: Confusão, baderna.

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